quinta-feira, 26 de junho de 2014

Procedimento e Regra de Segurança em Laboratório

Os trabalhos práticos devem sempre ser executados com todo rigor de técnica a fim deque os resultados obtidos sejam dignos de confiança.

No laboratório não se fala alto, para não prejudicar o raciocínio dos colegas.

Locomover-se o mínimo necessário para não tumultuar o ambiente de trabalho.

Os trabalhos de laboratório de química, pelas peculiaridades das tarefas executadas, devem ser realizados com a preocupação quanto aos riscos existentes e à segurança pessoal. Os seguintes princípios gerais devem ser rigorosamente observados:



CONSELHOS ÚTEIS E REGRAS BÁSICAS A SEREM CUMPRIDAS PARA
DIMINUIR A FREQÜÊNCIA E GRAVIDADE DE ACIDENTES EM LABORATÓRIOS

1. O uso de avental é obrigatório nas aulas práticas;

2. Seja, em todo trabalho, metódico, sereno, prudente, delicado e inteligente;

3. Leia e siga as instruções que forem fornecidas no roteiro prático. Consultar o professor caso observe algo anormal ou tenha alguma dúvida;

4. Verifique as instalações de segurança do laboratório e leia as instruções de uso dos equipamentos disponíveis (chuveiros de segurança, lava-olhos, extintores...);

5. Caso precise utilizar produtos químicos perigosos use óculos de proteção;

6. Em caso de acidente, avise imediatamente o professor;

7. Não coloque a tampa dos frascos sobre a mesa de trabalho;

8. Não se sopram as pipetas volumétricas (pipetas de bulbo) sem marca inferior;

9. Não respire qualquer vapor ou gás produzido nas experiências;

10. Utilize a capela quando houver desprendimento de gases tóxicos, irritantes ou cheiro desagradável;

11. Se o líquido contido em um frasco se inflamar acidentalmente, cubra calmamente a boca do frasco;

12. Não aqueça bruscamente qualquer corpo sólido ou líquido;

13. Não aqueça nada em frascos volumétricos;

14. Nunca aqueça reagentes em sistemas fechados;

15. Não deixe materiais inflamáveis próximos a chamas;

16. Tenha sempre disponível uma torneira de água e um pano para limpar as mãos;

17. Não use lentes de contato no laboratório;

18. Não fume no laboratório;

19. Evite contato de substâncias químicas com a pele, principalmente no caso de ácidos e bases concentrados;

20. Lave com bastante água o local em que ácido, base ou outro produto químico foi derramado;

21. Na diluição de ácidos concentrados, o ácido deve ser adicionado lentamente ao recipiente contendo água, sob agitação e nunca o contrário;

22. Leia com atenção o rótulo das substâncias químicas a serem manipuladas. Na transferência, tome cuidado para que a substância não entre em contato com o rótulo, para não danificá-lo;

23. Nunca coloque recipientes com produtos químicos diretamente no nariz para sentir seu odor;

24. Nunca introduza objetos (pipetas, bastões...) nos frascos de reagentes para não contaminá-los. O reagente deve ser transferido para outro recipiente e a alíquota retirada deste último. Não devolva reagente não utilizado ao frasco original;

25. Feche as torneiras de gás ao sair do laboratório;

26. Conserve o local onde realiza a prática limpo, e ao se retirar do laboratório, verifique se as torneiras de gás e água estão fechadas, os aparelhos desligados e os equipamentos limpos. Lave bem as mãos antes de se retirar do laboratório. 

SOCORRO DE EMERGÊNCIA

As principais emergências que podem ocorrer no laboratório de química são as seguintes: vertigens, corpos estranhos nos olhos, substâncias químicas nos olhos, queimaduras e envenenamentos.

Vejamos, em linhas gerais, quais as providências que podem ser tomadas em cada um desses casos:

Vertigens

Estando o paciente em estado de inconsciência não se deve dar nada por via oral. Deve- se evitar aglomerações e levar o paciente para lugar arejado. Deve-se afrouxar a sua roupa ao redor do pescoço e deixá-lo sentado com a cabeça abaixada. Pode-se fazer inalação de amoníaco e, quando o paciente voltar à consciência, dar um estimulante, café quente, por exemplo.

Corpos estranhos ou substâncias químicas nos olhos 

Tente retirar o corpo estranho com muito cuidado e lavar com água corrente usando, se possível, lava-olhos, durante cerca de 5 a 10 minutos, em seguida, com lavar com solução de ácido bórico a 2%, usando para isso o copo lava-olho.Em caso de agressões mais sérias, por álcalis, usar solução de ácido bórico e, em casode ácidos, solução diluída de borato de sódio.

Queimaduras

Se a queimadura for pelo calor, tratar com solução de ácido pícrico a 1%. Se for por ácido, lavar com água e em seguida com solução de bicarbonato de sódio a 2%. Quando a queimadura for por álcali, lavar com água, com solução de ácido acético a 5% e novamente com água.
Dependendo da extensão da queimadura, retirar a roupa do acidentado, pois o resto da substância pode causar danos, enquanto estiver em contato com a pele.

Envenenamento

Nestes casos deve-se recorrer imediatamente aos cuidados médicos e hospitalares. Se possível, a vítima deve ser imediatamente encaminhada a um hospital. Seja qual for o tipo de veneno, o socorro deve ser imediato a fim de impedir que o veneno seja absorvido pelo organismo.

Porém, se isso não for possível, normalmente, as embalagens dos produtos tóxicos ou nocivos à saúde trazem as providências de primeiros socorros adequados ao produto.
Em qualquer caso é necessário identificar o tipo de veneno.

Podem ser observados diversos tipos de veneno:

- Venenos através da pele.
- Venenos aspirados.
- Venenos ingeridos.

Se o envenenamento for através da pele jogue a maior quantidade de água sobre a vítima. Continue jogando água, enquanto tira a roupa contaminada. Em seguida lave muito bem a pele da vítima.

É importante que você se proteja, colocando luvas e evitando inalar o veneno.

Sua rapidez no atendimento pode diminuir ou impedir que o veneno seja absorvido pela pele.

Agasalhe a vítima e leve-a imediatamente a um médico ou hospital. Se possível, leve um pouco de veneno, ou pelo menos tente identificar o tipo de veneno. Esse cuidado pode facilitar o atendimento médico.

No caso de venenos aspirados antes de atender a vítima, proteja-se evitando inalar o produto. Areje completamente o ambiente, retire a vítima do local e faça-a aspirar ar puro, tomando os seguintes cuidados:

- Impeça a vítima de andar;
- Mantenha quieta e agasalhada;
- Não dê bebidas alcoólicas;
- Não provoque vômito;

Afrouxe as roupas e deite a vítima de costas, com a cabeça mais baixa que o corpo, para facilitar a respiração. Leve a vítima imediatamente a um médico ou hospital, cuidando para que ela permaneça em lugar bem ventilado.

Em casos de venenos ingeridos antes de tomar alguma medida é necessário identificar o tipo de veneno ingerido. Em alguns casos, provocar vômito é a solução em outros não.

Não provoque vômito se a vítima:

- Estiver inconsciente;
- Tiver tomado: soda cáustica, produtos derivados de petróleo (gasolina, querosene, removedor, acetona, etc.), ácidos, amoníacos, etc.

Se o envenenamento for causado por:

Ácido: dê leite, água com bicarbonato de sódio a 2%, azeite de oliva ou claras de ovo. Soda Cáustica: dê uma mistura de vinagre e suco de limão diluída em água. Em seguida dê leite, água, azeite de oliva ou claras de ovo.

Nos demais casos dê leite ou claras de ovo.

Provoque vômito:

Nas vítimas que não tiverem ingeridos produtos corrosivos nem derivados de petróleo.

Para provocar o vômito (somente para vítimas consciente) dê bastante:

- água salgada

- água com sabão

- água morna.

Continue provocando vômito até limpar o aparelho digestivo. Em seguida, dê leite ou claras de ovo. Leve a vítima imediatamente a um médico ou hospital. Se possível leve um pouco de veneno ou a própria embalagem para o médico. Isto facilita o tratamento.

FARMÁCIA

É conveniente, no laboratório de química, a organização de uma pequena farmácia, que deve conter:

-Tintura de iodo
-Solução de ácido bórico a 2%.
-Merthiolate
-Copo lava-olhos
-Água oxigenada
-Solução saturada de ácido bórico
-Algodão
-Solução borato de sódio a 2%
-Esparadrapo
-Picrato de butesin – pomada
-Band-Aid
-Solução carbonato de sódio
-Comprimidos : AAS, etc.
-Solução de ácido acético
-Antiácidos
-Colírio.
-Amoníaco

APARELHAGEM GERAL DE USO EM LABORATÓRIOS DE QUÍMICA

As atividades de laboratório exigem da parte do aluno não só um conhecimento das peças (dos objetos) e aparelhos utilizados, como também o emprego correto de cada um deles.
Portanto, antes de mais nada, é necessário que observem cada uma das peças (dos objetos), memorizem a sua forma e conheçam a utilidade de cada uma.

1. Balão de fundo chato

Empregado para aquecer líquidos ou soluções ou ainda fazer reações com desprendimento gasosos.

2. Balão Volumétrico

O tamanho deve ser escolhido tendo em vista o volume de líquido que irá conter. É calibrado para conter quantidades exatas de líquidos. Fornece medida de volumes com grande precisão. Utilizado no preparo e diluição de soluções.

3. Bureta

Embora as buretas meçam volumes com boa precisão, estas são utilizadas especialmente nas análises volumétricas.
Existem também as buretas automáticas, que possuem dispositivos pelos quais o líquido é levado até o seu interior automaticamente, evitando-se a contaminação com CO 2 do ar.

4. Erlenmeyer

Utilizado nas análises volumétricas, no aquecimento de líquidos, e para dissolver substâncias e realizar algumas reações entre soluções.

5. Pipetas

São aparelhos de medidas mais precisas, podendo ser graduadas ou volumétricas. As pipetas graduadas podem ser utilizadas para trabalhos que requerem a medida de vários volumes. As pipetas volumétricas ou de bulbo medem volume fixo. Estas apresentam um traço de aferição na parte superior.

6. Proveta ou cilindro graduado

Recipiente de vidro ou de plástico utilizado para medidas aproximadas. Serve para medir volumes de líquidos quando não se requer muita precisão.

7. Béquer

Utilizado para dissolver substancias, realizar algumas reações de precipitação, na transferência de líquidos e no aquecimento de líquidos a temperaturas não muito elevadas (não deve ser aquecido diretamente na chama, entre a chama e o béquer deve ser interposta uma tela metálica com amianto).

8. Tubo de ensaio

Empregado para fazer reações em pequena escala, especialmente em testes de reações, normalmente de natureza qualitativa. Pode ser aquecido com cuidado diretamente sobre a chama do bico de Bunsen.

9. Bico de Bunsen

Fonte de aquecimento usada em laboratório. A maioria utiliza combustão dos gases propano e butano. A temperatura da chama varia de acordo com a natureza do gás utilizado.

10. Suporte universal, mufa e garra

Utilizado em várias operações para sustentação de peças.

11. Tripé de ferro

Sustentáculo para efetuar aquecimentos. È usado com a tela de amianto.

12. Tela de amianto

Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de Bunsen.

13. Estante para tubos de ensaio

Suporte para os tubos de ensaio.

14. Pinça de madeira

Usadas para prender (segurar) tubos de ensaio durante o aquecimento.

15. Vidro de relógio

Peça de vidro de forma côncava; é usado em análises para evaporações de líquidos, pesagem de substâncias, cobrir béqueres, etc.

16. Triângulo de porcelana

Suporte para cadinhos de porcelana quando usados diretamente na chama do bico de Bunsen.

17. Pinça metálica

Usada para manipular objetos aquecidos. É também utilizada para impedir ou reduzir fluxo de líquidos ou gases através de tubos flexíveis.

18. Garra de madeira

Utilizada para segurar tubos de ensaio durante o aquecimento.

19. Pissete ou Piceta ou frasco lavador

Usado para lavagem de materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool e outros solventes.

20. Condensador

Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar os vapores do líquido.

Funis:

21. Funil comum

São aparelhos de vidro ou de plástico utilizados na filtração comum, na transferências de líquidos.

22. Funil de Buchner e Kitassato

O Funil de Buchner é usado na filtração a vácuo, devendo estar acoplado a um Kitassato.

23. Funil de decantação

Usado para separação de líquidos imiscíveis.

24. Bastão de agitação ou bastão de vidro ou baqueta

São feitas de varas de vidro, com diâmetro de 3 a 5 mm. O comprimento do bastão de agitação deve ser apropriado para a forma e o tamanho do vaso onde será empregado.

25. Dessecador

É um objeto de vidro fechado destinados a manter objetos numa atmosfera seca. É carregado por um agente dessecante, como o cloreto de cálcio anidro, sílica gel, alumina ativada ou sulfato de cálcio anidro (“Drierite”).

26. Centrífuga

É utilizado para separação de um sólido de um líquido. A função da centrifugação é de acelerar a decantação da partícula sólida.

27. Capela

O uso de capela é indicado para a abertura de frascos e a manipulação de reagentes e solventes voláteis tóxicos, que deve ser feita com sistema de exaustão da capela ligado.

APARELHAGEM DE PORCELANA

Empregam-se aparelhagens de porcelana nas operações em que líquidos quentes ficam em contato com o vaso durante períodos prolongados. São em geral, mais resistentes às soluções alcalinas que o vidro.

28. Cápsula de porcelana

Peça de porcelana usada para evaporar líquidos de soluções.

29. Cadinhos de porcelana

Serve para aquecimento de pequenas quantidades de sólidos e para calcinar (aquecimento a seco e muito intenso) substâncias.

30. Almofariz e pistilo

Usados na trituração e pulverização de sólidos aglomerados.

APARELHAGEM DE PLÁSTICO

Os materiais de plástico são muito usados em laboratório, como aspiradores, béqueres, frascos, tubos de centrifugadoras, funis, etc. Apresentam como vantagem, o baixo custo e são menos frágeis que os materiais de vidro. Embora sejam inertes a muitos reagentes, os aparelhos plásticos apresentam limitações de uso, como por exemplo, em relação à temperatura.

APARELHOS DE AQUECIMENTO

31. Placas de aquecimento

São preferencialmente de três estágios – “baixo”, “médio” e “alto” e existem também a combinação da placa de aquecimento elétrico com um agitador magnético.

32. Estufas elétricas

O tipo mais conveniente é a estufa de secagem, com aquecimento elétrico e controle termostático, com faixa de aquecimento desde a temperatura ambiente até cerca de 250-300 o C.
São usados principalmente para secarem os precipitados ou sólidos em temperaturas controladas e relativamente baixas.

33. Fornos de mufla

Apresenta aquecimento elétrico. A temperatura máxima deve atingir 1200 oC.

34. Mantas de aquecimento

São constituídas por invólucro flexível, em “malha” de fibra de vidro, que se ajusta estreitamente em torno de um balão. As mantas de aquecimento são especialmente conformadas para o aquecimento de balões e tem ampla aplicação nas operações de destilação.

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